[RESENHA] A Garota de Boston - Anita Diamant - NVersos Editora



     Olá, eu sou a Kênia Cândido do Blog Histórias Existem Para Serem Contadas e a colaboradora do Blog Doces Letras.
     Hoje eu vou deixar minha resenha do livro A Garota de Boston, da autora Anita Diamant e publicado pela NVersos Editora.
     Venha e conheça minha opinião.





. Dados Sobre o Livro:
- Título Original: The Boston Girl
- Autora: Anita Diamant
- Editora: NVersos
- 1ª Edição
- Ano: 2016
- 366 páginas
- Tradução de: Guilherme de Oliveira Ferreira
- Onde comprar: Saraiva | Folha | Travessa

. Sinopse:
A Garota de Boston de Anita Diamant, é um inesquecível romance sobre a jovem judia Addie Baum, e se passa no começo do século XX, retratando a vida de uma mulher espirituosa, filha de um casal de imigrantes judeus. Crescendo em North End of Boston, um bairro multicultural, a inteligência e a curiosidade de Addie inserem-na em um mundo com o qual seus pais não estão acostumados a lidar: saias curtas, filmes, celebridades e novas oportunidades para as mulheres. Ela quer terminar o ensino médio, sonha em entrar na faculdade, seguir uma carreira e encontrar o verdadeiro amor. A Addie de agora, com oitenta e cinco anos, nos conta suas aventuras com humor e compaixão pela tola garota que ela foi um dia. Acompanhamos sua jornada do apartamento de cômodo único, dividido com os pais e as irmãs. Do primeiro e desastroso affair até a chegada do amor de sua vida. Igualmente aos seus romances anteriores, A garota de Boston é emocionante e cheio de detalhes históricos. Retrata a vida complicada de uma mulher no começo dos anos 1920 na América do Norte, e apresenta uma fascinante visão da geração de mulheres que foi em busca de seus lugares num mundo em mutação.




Uma História de Vida

     Fiquei profundamente lisonjeada com a oportunidade de conhecer A Garota de Boston. É um livro repleto de experiências, que traz uma história inspiradora que eu não imaginava conhecer, e que superou minhas expectativas.   
    A Garota de Boston inicia-se em 1985, quando Ava, neta de Addie, pede  para sua avó contar a história de sua vida, como ela tornou – se a mulher que é atualmente.
    Nascida de pais imigrantes e judeus da Europa Oriental, Addie com 85 anos, começa contar sua trajetória a partir da chegada da sua família à Boston. Suas irmãs mais velhas nasceram na Rússia e com seu nascimento em 1900, Addie tornou-se a única filha americana.
    A família vivia em um cortiço e graças à suas irmãs, Addie ainda tinha a chance de continuar os estudos, pois viviam em uma época em que a maioria das mulheres não terminava a escola e apenas tinham o único propósito de casar e ter filhos.
    Em 1915, além de frequentar a escola, Addie também ia à fundação da Salem Street  para as aulas de culinária, mas na maior parte do tempo ficava na biblioteca,  para terminar os trabalhos escolares e participava do clube de leitura com garotas da sua idade.  Um dia, após recitar um poema para o grupo de garotas, Addie foi convidada pela Srta. Chevalier, a participar do Clube Sabático para recitar o poema que havia lido durante a reunião do clube de leitura.
    No clube Sabático, Addie é convidada para conhecer  Rockport Lodge, um acampamento de verão para jovens senhoras perto de Boston e Addie começa a enxergar este convite como uma possibilidade de mudar de vida e tornar-se completamente moderna, mesmo  sem o apoio da sua mãe, que permanecia firme com idéias enraizadas ao seu passado.
    Durante a leitura eu fiquei totalmente envolvida com a história. O enredo é tão agradável que dá a sensação de estar ouvindo uma história contada pela minha avó.
    Addie é uma personagem cheia de sabedoria e uma profunda compaixão nos sentimentos. Consegue transmitir sua história aquecendo o coração até nos momentos simples da narrativa. Ela se interessava por tudo e mostrou coragem em explorar as oportunidades que apareceu na sua vida.
    Conseguiu cortar meu coração com lembranças tristes, valores nos laços familiares e de amizade.  Narrou momentos alegres e a inteligência no momento certo quando teve vários conflitos com sua mãe para fazer suas próprias escolhas e traçar seu próprio caminho.
    A autora soube ilustrar as lutas contra a pobreza e as diferenças culturais que os imigrantes enfrentaram em países desconhecidos. Detalhe por detalhe, Anita Diamant criou uma história com um pano de fundo histórico do início do século XX, relatando a Primeira Guerra Mundial, epidemia de gripe, aborto e controle de natalidade. Também é citado o racismo, o trabalho infantil e a evolução das mulheres buscando oportunidades para participar de forma integral na sociedade. Tudo isso de forma realista, mas não deixando o encantamento do romance de lado, pois consegue comover rapidamente.
    Enfim, é  um livro interessante e bastante informativo. Eu recomendo principalmente para leitores que gostam de assuntos fortes, mas abordados de forma leve e contém uma semelhança ao um livro de memórias. Vale a pena.


“Como me tornei a mulher que sou hoje? 
Tudo começou na biblioteca, no clube de leitura. 
Foi lá onde comecei a ser eu mesma.”  
 ( Addie – pág. 14 )

 “ Quando olho para meu rosto de oitenta e cinco anos de idade no espelho hoje em dia, penso: 
Você não ficará mais bonita do que está hoje, querida, então sorria. 
Quem disse que um sorriso é a melhor plástica era uma mulher inteligente.” 
 ( Addie – pág. 165 )

“ Depois do Shivá, Papa disse à Betty e a mim que estávamos oficialmente de luto por um ano inteiro, 
ou seja, tínhamos que ficar afastadas de celebrações e de música ou de qualquer  outro tipo de entretenimento.”
 (  Addie – pág. 238 )

“Não deixe ninguém lhe dizer que as coisas não são melhores do que eram” 
( Addie – pág. 250 )


   
     Gostou da resenha?
     Então contem para nós.
     Bjos e até a próxima...


2 comentários:

  1. Oi Kênia,
    Não conhecia o livro, mas adorei conhecê-lo pela sua resenha.
    Adoro quando o enredo tem essa proximidade das famílias, a relação da vó com a neta passa ser adorável e emocionante, pelas histórias. Anotado.

    tenha uma ótima quinta =D
    Nana - Obsession Valley

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    Respostas
    1. Oi Nana, também curto ler sobre as relações familiares.
      Bjus

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