Boa tarde leitores!
Trazendo uma nova resenha para vocês. O livro de hoje é sobre um tema polêmico e que infelizmente ainda ocorre em todo o nosso País.
Vem comigo conhecer os Kambebas...
AS SETE LUAS
Ficha Técnica:
AUTOR: SALUSTIANO SOUZA
ISBN: 978-85-8108-742-9
Nº Pag.: 190
FORMATO: 16 x 23 cm
NCM: 49011000
PESO: 0,306 kg
CATEGORIA: LITERATURA BRASILEIRA – ROMANCE
PREÇO: R$ 42,00
Sinopse:
As obras da Usina de Belo Monte, no Estado do Pará, Região Norte do Brasil, correm a todo vapor. Uma grande área de terra será inundada, provocando inúmeros prejuízos à natureza e aos povos indígenas da região. A recusa dos índios Kambebas, de saírem de suas terras ameaça a conclusão da obra. Ligados à questão da desocupação do espaço estão o militar Capitão Marcos, a bela Sofia e o ambicioso Jorge, cujos destinos se entrelaçam.
Sobre o autor:
Salustiano Souza é natural de Itajaí – SC, mas desde criança vive na cidade de Joinville. Formado em Economia e Direito, com Pós-graduação nas áreas de Economia Industrial, Direito Empresarial e Direito Previdenciário. Trabalhou em diversas empresas na cidade de Joinville, foi professor de ensino médio e universitário durante vários anos, lecionando nas áreas de Economia, Administração e Direito.
É autor do romance de ficção O Eterno Barnes (Novo Século, 2013), tendo lançado também, como coautor, as coletâneas de contos e poemas Saganossa e Saganossa – Outras Histórias, publicadas pela Associação Confraria das Letras de Joinville em 2014 e 2015, respectivamente.
Este é o segundo livro do autor Salustiano Souza que leio e mais uma vez pude ter contato com sua escrita inteligente e criteriosa. As Sete Luas não é o estilo de livro que costumo ler, mas tem uma temática interessante e que aborda um problema bem recorrente em nosso País, que é a falta de uma política séria e justa para os índios e a maneira predatória como nós os brancos, estamos sempre querendo mais e mais de suas terras. E este foi o principal motivo para que eu aceitasse o seu convite para ler e resenhar sua obra.
Em As Sete Luas, seremos levados ao estado do Pará, onde estão acontecendo as obras de criação da Usina de Belo Monte. A construção desta Usina está sendo cogitada justamente nas terras pertencentes aos índios Kambebas, que lá vivem por muitos anos. É de lá que tiram seu sustento e que mantém vivas suas tradições. E eles farão de tudo para que isto não aconteça.
O livro é narrado em terceira pessoa, o que nos dá uma visão geral dos acontecimentos, nos deixando assim mais a par do que os personagens têm em mente, suas motivações e o que pode acontecer no decorrer da leitura. Temos três personagens principais: Capitão Marcos, que terá um papel fundamental na trama e no seu desfecho. Sofia a bela jovem que se verá envolvida nesta situação e que fará o possível para ajudar e Jorge um homem ambicioso e que nos fará ter algumas surpresas não tão agradáveis.
O destino dos três irá se entrelaçar no decorrer da história e serão eles que nos levarão nesta incrível jornada por esta região tão pouco falada e conhecida por nós. Pelo menos pra mim, foi algo totalmente inovador estar mais próxima das atribulações dos índios, tomar conhecimento do que acontece nesta parte do País e o que infelizmente acabamos por deixar passar por não estarmos atentos a eles.
Jorge e Sofia são namorados e de início pensei que este seria o grande romance da história. Ledo engano. Sofia se decepciona muito com Jorge e resolve viver um tempo na tribo dos Kambebas, para assim ocupar sua mente e procurar esquecer o sofrimento.
O Capitão Marcos é um homem bom, que sempre procura cumprir seus deveres militares da melhor forma possível e terá sua vida totalmente mudada ao ser enviado para a aldeia dos Kambebas para tentar convencê-los a deixar que a Usina seja construída. Lá ele irá receber um convite inesperado do Pajé. Ele terá a oportunidade de conhecer melhor o povo, participar do seu dia a dia e ficar por dentro do que move o coração daqueles índios, vivendo entre eles por 7 luas(ou seja 7 dias).
"- O que vai acontecer conosco? - perguntou Sofia com o coração pesado. - Não se preocupe, tudo vai dar certo. - falou o Capitão Marcos, dando-lhe um beijo e saindo.Era começo de tarde, o Pajé ainda não chegara, ele estava aflito e a preocupação era visível em seu rosto. Tentava acalmar Sofia, transmitir-lhe segurança, mas sabia que isso era impossível." Págs. 147/148.Eu não vou e nem posso falar mais sobre o que acontece para que eu não dê spoilers ou até mesmo tire a surpresa da leitura para vocês. O que posso adiantar é que será uma leitura que irá surpreender, e até mesmo te fazer pensar. Um romance com ação, questionamentos e com uma boa lição de vida.
O autor fez uma boa pesquisa e soube introduzir muito bem as lendas, tradições, costumes, e modo de viver dos índios. Também soube nos mostrar que ás vezes basta abrirmos nossos corações e nossas mentes para que possamos enxergar a verdadeira beleza que a terra pode nos proporcionar. Nos faz refletir sobre todos os nossos conceitos e que não devemos olhar somente para o nosso umbigo e sim olharmos além de nós mesmos e nos preocuparmos com o próximo.
O livro tem somente 190 páginas e o li em apenas dois dias. Mesmo assim por conta de ter outros compromissos. Eu gostei da capa. Apesar dela ser simples, remete a história. A diagramação está ótima e não encontrei nenhum erro de revisão ou de gramática. Um bom trabalho por parte da Giostri Editora.
Uma leitura satisfatória, que flui de maneira fácil e que nos deixa a sensação de que temos muito ainda a aprender sobre aqueles que são os verdadeiros donos das terras.
Bjus
Oi Lia!!!
ResponderExcluirNão conheço o livro, mas gostei do tema, é difícil a gente ler sobre índios, suas lendas, de maneira não tão estereotipada e o autor parece mostra bem o mundo das tribos num enredo interessante! Gostei!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Nossa, é uma trama diferente do que já li também. Mas parece ser um ótimo livro. Fiquei curiosa quanto ao desfecho e, principalmente, pra ver o romance entre o capitão e a bela dama, hehe!
ResponderExcluir=)
Suelen Mattos
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ROMANTIC GIRL
Oi, Lia
ResponderExcluirQue temática diferente, nunca vi nada parecido. Fiquei curiosa para saber como foi o convívio de Sofia com os índios quando ela resolve ficar um tempo na tribo!
E pesquisa é tudo, né? É ela que dá veracidade para a obra, que bom que o autor não pecou nessa parte!
Beijos
- Tami
http://www.meuepilogo.com