Olá pessoal!
Tudo bem?
Hoje eu trago para
vocês a resenha do livro O Melhor
que Podíamos Fazer escrito e ilustrado
pela Thi Bui e publicado pela Editora
Nemo do Grupo Autêntica.
. Título Original: The Best We Could Do. Editora: Nemo. Autora: Thi Bui. 1ª Edição. Ano: 2017. 330 Páginas. ISBN: 978-85-8286-413-5. Tradução: Fernando Scheibe. Sinopse: Esta é uma história sobre a busca por um futuro melhor e saudosismo pelo passado. Explorando a angústia da imigração e os efeitos duradouros que o deslocamento tem sobre uma criança, Bui documenta a difícil fuga de sua família após a queda do Vietnã do Sul, na década de 1970, e as dificuldades que enfrentaram para construir uma nova realidade. O melhor que podíamos fazer traz à vida a jornada de Thi Bui em busca de compreensão e fornece inspiração a todos aqueles que anseiam por um futuro melhor enquanto recordam o passado de privações.
Uma Graphic Novel Bem Sensível!
O Melhor que
Podíamos Fazer é um livro de memórias gráficas publicado em quadrinhos. Com
uma história autobiográfica bem sensível, a Thi Bui conta sua origem e a origem dos pais que saíram do Vietnã na
década de 70 no período da guerra do Vietnã.
A história
começa em Nova York
no hospital Metodista no dia 28 de Novembro de 2005, com Thi Bui em trabalho de
parto na presença do marido Travis e sua mãe chamada Má, que tinha vindo da
Califórnia para ajudá-la.
Após o
nascimento do filho, Thi Bui começa a refletir e questionar a transição de uma filha que tornou-se mãe pela primeira vez, as escolhas que os pais
buscam para um futuro melhor para seus filhos e ao mesmo tempo, tentar entender
a força e a motivação que levou seus pais a fugir de um país que estava em decadência e recomeçar do zero em outro país com muita dificuldade de adaptação.
A partir deste ponto, a história retorna ao passado,
resgatando profundamente as raízes e os laços que a família da Thi Bui construiu
ao longo dos anos. Como foi a infância dos pais, como Bô e Má se conheceram e
como foi o nascimento dos seis filhos em situações precárias, com muita pobreza
em um país que estava em caos e tomado
pela guerra.
Contudo a
história é abordada de forma leve, pois a família é protagonista de um período histórico
bem conturbado. Thi Bui também conta a história do Vietnã conectando no momento
da segunda guerra mundial. Ela menciona a Guerra Civil dentro do Vietnã também
conhecida como Guerra Indochina, que os Estados Unidos interferiu enviando
soldados e armamentos de guerra.
Mesmo
abordando assuntos de muita importância, a leitura foi extremamente prazerosa e cativante,
porque Thi Bui se coloca no lugar da mãe mostrando a todo momento que a Má era uma
verdadeira heroína da história.
Ela não deixa de
contar a história do pai e todas as atitudes e decisões que ele precisou tomar, no entanto Thi Bui deixa
bem claro que quem realmente é a força da família é a Má.
Também relata os
julgamentos e mágoas que ás vezes os filhos criam em torno dos pais, sem saber
por qual motivo os levou a tomarem determinadas atitudes e só passam a compreender melhor depois que são colocados no lugar dos pais.
A narrativa é completamente dinâmica, misturando
o presente e o passado de forma interessante. Thi Bui conseguiu contar a história
de cada membro da família de maneira delicada.
Além de escrever a
história, Thi Bui também é a ilustradora do livro. Ela usou a arte que estudou nos
quadrinhos em preto e branco, com vários tons alaranjados e avermelhados que
deixou a edição magnífica. A capa e o
título correspondem perfeitamente com o enredo.
È um projeto maravilhoso que vale a pena demais ter em mãos
para ler. Recomendo para todos os leitores que apreciam leituras em quadrinhos,
com períodos históricos e assuntos atuais.
Livro
oferecido gentilmente pela Editora Nemo do Grupo Autêntica.
“Eu descobri mais ou menos como conduzir minha pequena família... o que não sei muito bem é como ser mãe e filha ao mesmo tempo sem agir como uma criança.”( pág. 29 )
. Sobre a autora:
Thi Bui nasceu no
Vietnã e imigrou para os Estados Unidos ainda criança. Estudou Arte e Direito e
considerou se tornar uma advogada de direitos civis, mas, em vez disso, virou
professora de escola pública. Bui mora em Berkeley, Califórnia, com o filho, o
marido e a mãe. O melhor que podíamos fazer é sua primeira graphic novel.
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Já leram O Melhor que
Podíamos Fazer?
Então deixa sua opinião nos comentários.
Oi, Kênia!
ResponderExcluirEu vi uma resenha dessa graphi novel mais cedo e fiquei bem interessada. Adorei os traços.
Beijos
Balaio de Babados
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Oi Lu
ExcluirEu também achei os traços bem feitos e interessantes.
Espero que tenha a oportunidade de ler.
Bju