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[RESENHAS] A Corte do Ar - Stephen Hunt - Saída de Emergência



Autor: Stephen Hunt

Páginas: 544

Ano: 2013

Tradutor: Alberto Simões

Editora: Saída de Emergência

Sinopse 

Nesse aventura repleta de drama e ação, Molly carrega em seu sangue um segredo que a torna alvo de inimigos do Estado. Já Oliver é acusado de assassinato e precisa fugir para salvar sua vida. Logo, os dois se juntam para lutar contra um antigo poder que parecia derrotado havia milênios.


A corte do ar é o segundo livro publicado pela Saída de Emergência Brasil e o primeiro volume da série steampunk de Stephen Hunt, um subgênero da ficção científica que tem suas histórias ambientadas principalmente na Era Vitoriana, onde a tecnologia é avançada e movida a vapor.

“A mente é a coisa mais difícil de aprimorar e a mais fácil de desperdiçar.”

A corte no ar vai nos apresentar a três personagens que considero como principais. O primeiro deles é Molly Templar, uma órfã que mora em um orfanato e tem sua vida revirada após descobrir que quase todos do orfanato morreram quando pessoas desconhecidas estavam a sua procura.  Ao longo da história ela vai descobrir que o seu sangue é especial, e esse é o motivo para que pessoas poderosas a queiram morta. 

Nosso segundo grande personagem é Oliver Brooks, jovem comum, criado pelo tio, suspeito de ser um Encantado, tem também a sua vida revirada quando é acusado da morte do tio, o que o obrigada a fugir tendo por companhia apenas um amigo do tio que resolve ajuda-lo.

Na minha opinião, o terceiro grande personagem da história é o Príncipe Alpheus, filho do Rei Julius e futuro herdeiro do trono. Jovem de ideias rebeldes e nada convencionais, não aceita as imposições que o reinado lhe trará e fará de tudo para mudar a sua história, até cometer um assassinato.

“Não posso falar do lugar onde nasci, Molly. Além disso, essa questão é totalmente irrelevante em relação ao lugar aonde uma pessoa pretende chegar.”

Apenas esse trio já renderia uma mega história, mas aliado a isso temos um mundo fantástico, criado por Hunt, que nos transposta através do tempo e do espaço. Misturando antigas e novas tecnologias em um mundo absolutamente surreal, ele também cria uma gama de novas raças, assim como fez Tolkien. Vamos conhecer os homens-vapor, a Marinha Real Aerostática, os cantores do mundo (feiticeiros com estilo vitoriano), caranguenarbianos, a Guarda Real, o Sussurrador, lupocaptores, professores universitários, aventureiros e intelectuais, sem mencionar a própria Corte do Ar, que vigia a todos e interfere quando necessário. 

Nesse mundo com cidades como Chacália, Aço-Médio, Mecância e Tristesperança, as pessoas viajam de aeróstato, uma mistura de avião e balão moderno e esquecem os seus problemas bebendo jin ou fumando ervassussurrante e folha. A ação fica por conta das lutas que mesclam armas antigas e criações futuristas ao lado de batalhas épicas.

“- Mas e o amor? – perguntou Molly.
< de aeróstato, uma mistura de avião e balão moderno e esquecem os seus problemas bebendo jin ou fumando ervassussurrante e folha. A ação fica por conta das lutas que mesclam armas antigas e criações futuristas ao lado de batalhas épicas.

“- Mas e o amor? – perguntou Molly.

- Essa é a maior mentira de todas – retorquiu Fairborn. – Um comichão biológico que a avisa que chegou a hora de começar a fazer pequeninas cópias de você. Além de enfraquecer o seu corpo, devasta a sua beleza. (...) O amor é como a gripe de inverno: desaparece gradualmente depois da estação.”

O livro também discute temas polêmicos como o trabalho infantil, a utilização de meninas nos grandes bordéis de Chacália, um muro que separa cidades vizinhas, política, comunismo, anarquismo, república, a queda de uma monarquia, respeito às autoridades e religião.