[RESENHA] Um Banquete para Hitler - V.S. Alexander - Editora Gutenberg


Bom dia leitores!
Hoje venho deixar minhas impressões sobre uma história intensa e impactante!
Vem comigo...

Sinopse:“Eu, Magda Ritter, conheci Hitler.

Eu era uma das quinze mulheres que provavam sua comida, pois o Fürher era obcecado com a possibilidade de ser envenenado pelos Aliados ou por traidores dentro de seu círculo pessoal.

Ninguém, exceto meu marido, sabe o que eu fiz.

Nunca falei sobre isso. Eu não podia falar… Mas os segredos que guardei por tantos anos precisam ser revelados.

Às vezes, a verdade me oprime e me apavora. É como uma queda sem fim em um poço fundo e escuro. Mas, ao escrever minha história, descobri muito sobre mim mesma e sobre a humanidade. E também sobre a crueldade dos homens que fazem leis para se adequarem aos seus próprios interesses.

Eu conheci Hitler… E minha história precisa ser contada.”

Unindo a história e a ficção, Um banquete para Hitler mostra os extremos de privilégio e opressão sob a ditadura do Führer, expondo os dilemas morais da guerra em uma história emocionante, cheia de atos de extraordinária coragem em busca de segurança, liberdade e, finalmente, vingança.
Ficha Técnica:
Páginas: 304 | Título original: The Taster | ISBN: 9788582355206
Área temática: Ficção | Editora Gutenberg | Edição: 1
Mês/Ano de publicação: 06/2018


Vocês já imaginaram a possibilidade de trabalhar próxima a alguém como Hitler? De estar próxima a ele todos os dias, cuidando de sua alimentação, ouvindo seus disparates e tendo que permanecer estoicamente neutra? Podem imaginar? Chega a dar arrepios não é mesmo? Pois é esta história que o autor irá nos contar através de sua personagem Magda Ritter.


Magda Ritter, era uma jovem alemã que levava uma vida tranquila e normal em Berlim, até que os horrores da guerra, começaram a se aproximar de sua realidade. Seus pais com medo que algo acontecesse a ela, já que era filha única, a mandaram morar com seus tios em outra cidade, achando que assim ela teria mais chance de ficar a salvo. Ela precisava de um emprego. Precisava se manter, ter possibilidades e quem sabe se manter viva e bem até que a fatídica guerra terminasse. Logo ao chegar a casa dos tios, sua tia a coloca para trabalhar e o emprego que seu tio acaba por lhe arrumar, não será nada daquilo que ela poderia desejar.

Ela nunca poderia ter imaginado que um dia iria trabalhar para Hitler, tão próxima a ele e as suas atrocidades. Seu trabalho? Provar a comida dele antes dele, para que ele não fosse envenenado. Hitler era cismado com isto, e talvez tivesse lá suas razões. Ele tinha grande receio que seus inimigos e até mesmo algum aliado tentasse matá-lo.
"Você e outras experimentam a comida do Führer. Seu corpo é oferecido em sacrifício ao Reich no caso de a comida estar envenenada." 
Inicialmente apavorada com seu trabalho, Magda se acostuma ao perigo e lentamente vai se acomodando na rotina do chalé, para onde foi levada ao ser contratada. Um dos motivos que a ajuda nessa adaptação é o fato dela se sentir profundamente atraída pelo capitão Karl Weber, um bonito oficial da SS encarregado da segurança do pessoal da cozinha. Eles rapidamente se jogam em um relacionamento, mas isso acaba se tornando desconfortável para Magda, já que Karl está determinado a conhecer a verdade da guerra, incluindo as atrocidades perpetuadas pelos nazistas.
"Qual é o velho ditado? No amor e na guerra vale tudo? Fazemos o que devemos fazer, não importa o preço." - Karl Weber, Pag. 164
Com sua nova consciência do que realmente está ocorrendo, Magda fica cada vez mais enojada por fazer parte da equipe do Führer e está disposta a se juntar à conspiração de Karl para pôr fim ao controle nazista da Alemanha. Este é um jogo perigoso, porém, e logo se torna evidente para ela que é um jogo mortal em que você deve estar disposto a atacar seus inimigos ou morrer em suas mãos.

Magda é uma heroína improvável pelos padrões contemporâneos. Ela não odeia os nazistas no começo da história e, de fato, brinca com a ideia de se juntar à festa para seu próprio bem pessoal. Ela não é curiosa ou animada, mas parece determinada a simplesmente viver sua vida como se a guerra não estivesse acontecendo. Ela não está satisfeita quando os bombardeiros aliados a tiram de sua existência confortável e irracional. Ela não se importa com a situação do povo judeu e é indiferente se os rumores sobre o que está acontecendo com eles são verdadeiros ou não. Ela não acredita que os boatos sejam verdadeiros mas ela também não se importa o suficiente para descobrir. Não é até que ela chega ao Berghof e conhece pessoas que sabem o que está acontecendo e odeiam, que ela finalmente mude. Apreciei a maneira como o autor lidou com isso.

Magda é atraída para uma trama que testa suas crenças e coragem, e embora ela esteja presa na fortaleza de Hitler, ela luta pela liberdade com coragem, esperança e determinação, e nos conta sua história de uma forma totalmente honesta. Uma personagem que amadurece e cresce muito durante a trama, nos fazendo sentir todas as suas emoções e ficarmos torcendo para que ela consiga sobreviver a tudo isso.


Durante a leitura, pode-se perceber a extensa e ótima pesquisa feita pelo autor para juntar da melhor forma possível os fatos reais aos fatos históricos documentados. O livro supriu algumas das curiosidades que eu tinha desta terrível época me deixando ainda mais horrorizada com tais acontecimentos. Uma história forte, dolorosa e impactante. Uma verdadeira aula sobre o que não devemos mais deixar acontecer com a humanidade e que devemos permanecer sempre vigilantes se não quisermos mais viver sob o mal! Recomendo.

Lia Christo:
Carioca da gema, romântica incurável, leitora compulsiva, perseguidora de sonhos, e louca pela vida!

2 comentários:

  1. A Segunda Guerra me fascina, já quero ler.

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    Respostas
    1. Olá Miriam.
      Tenho certeza que será uma ótima leitura! Obrigada pela visita e por deixar um comentário! Bjus

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