[RESENHA] Fahrenheit 451 - Ray Bradbury - Editora Globo


Olá leitores!
Apresento a vocês a nova resenhista do blog!


Amanda Pires traz em sua primeira resenha para o Doces Letras um romance distópico de ficção científica soft, escrito por Ray Bradbury e publicado pela primeira vez em 1953, mas que ainda se mantém atual!

FAHRENHEIT 451

Dados do livro: 
Fahrenheit 451
Ray Bradbury
256 páginas
Globo Editora(Edição de Bolso)
Ano da edição: 2009
🌟🌟🌟🌟🌟/💖
Sinopse:
Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Globo de Bolso.A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético a moral do senso comum, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes.O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos.Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.


Imagina viver em um mundo em que livros são rigidamente proibidos. Você não pode lê-los, você não pode guardá-los. Você apenas pode queimá-los.

Pensar nisso é difícil, principalmente, para quem gosta de ler, gosta de colecionar livros e tem um apreço especial por eles. Porém, é nessa ambiente que vamos conhecer o personagem Montag, ele é um bombeiro e, ao invés de apagar incêndios, ele mesmo os causa. 

Montag é um dos outros tantos bombeiros que têm permissão para queimar casas que tenham livros e até mesmo queimar casas com pessoas dentro, pessoas essas que colecionam ou tem acesso a livros. Esses bombeiros, incluindo Montag, são bombeiros que apoiam e vivem sob um governo totalitário.

Um governo que proíbe a população de ter acesso a quaisquer livros por medo de qualquer instrução que o povo possa receber através deles ou qualquer revolução que possa acontecer como resultado disso.  Afinal, a população instruída é um dos maiores temores do governo, porque ele sabe que assim as pessoas podem reivindicar e revolucionar, o governo sabe que o conhecimento dá poder às pessoas. 


Só que Montag conhece uma garotinha chamada Clarisse, certa vez ela o pergunta: 
“Você nunca lê os livros que queima?”

A pergunta, de certa forma, suscita partes de Montag que ele ignorava, principalmente, a capacidade de questionar. É assim que ele começa a interrogar tudo em sua vida como, o motivo de ele queimar livros, os motivos por trás daquelas ideias que o governo insistia em propagar. 
“Reduza os livros às cinzas e, depois, queime as cinzas.”
Mas a decisão de simplesmente questionar o governo não é uma tarefa fácil, o personagem sente medo do que pode acontecer com ele e sua esposa, o que será dele sem o emprego, afinal, ele poderá apenas sair do emprego, parar de queimar livros e se recusar a seguir o que todos os seus conhecidos seguem sem que nada aconteça com ele?  

Minha opinião:

Fahrenheit 451 foi uma das melhores leituras que fiz recentemente, é um livro que te puxa para dentro da história, te cativa desde a primeira página e propicia diversos sentimentos durante a leitura.

Montag é um personagem demasiadamente humano, Ray Bradbury conseguiu mostrar os diversos sentimentos e pensamentos pelos quais ele luta, eu sentia agonia quando ele estava agoniado, senti medo quando ele sentia medo, senti tristeza quando ele estava triste. Então, é um personagem muito bem construído. A atmosfera que existe no livro é muito real, bem caracterizada e o autor conseguiu trazer à tona as questões que ele queria tratar, os pontos que ele queria criticar.
No mais, é uma história que eu desejei que nunca tivesse acabado. Certas vezes, eu senti que a ficção estava muito perto da minha realidade, mas por incrível que pareça esse livro foi escrito em 1953. A história me influenciou e ainda me influencia profundamente todos os dias por se tratar não só de livros, que são coisas que me interessam, mas por ser uma história singela, bem escrita e particularmente linda. Eu nunca havia lido nada parecido com Fahrenheit 451 e acho que é por isso que me conquistou tanto. É um daqueles livros que te faz pensar nele mesmo depois de finalizar a leitura e é para ele que de vez em quando sempre volto pra ler as coisas que marquei. 


Apesar de ser um clássico, a leitura flui com muita facilidade e a linguagem utilizada no livro é bem fácil, sem muitos rodeios. É, certamente, um livro que eu indico para todos, principalmente, para quem gosta de ler, porque talvez gere uma identificação aqui e ali no decorrer das páginas. Enfim, é um livro que merece mil estrelas porque talvez nem todas possam significar o que essa história significa e pode significar para nossas vidas de leitores. 

Amanda Pires
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Amanda Pires tem 19 anos, é estudante de Letras e mora no Maranhão. É a mais nova colaboradora do blog e estará passando por aqui de vez em quando para deixar sua impressões sobre os livros que lê.

Espero que tenham gostado da resenha e que possam dar as boas-vindas a Amanda para que ela se sinta em casa!
Bjus

Lia Christo:
Carioca da gema, romântica incurável, leitora compulsiva, perseguidora de sonhos, e louca pela vida!

16 comentários:

  1. Oi Amanda!

    Seja bem vinda! Te desejo muito sucesso aqui Doces Letras e que possa trazer resenhas tão boas como essa. Apesar de ser um clássico ainda não tive oportunidade de ler, mas já adicionei na minha lista, porque sua resenha me deixou curiosa.

    Bjos
    http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/

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  2. Oi Amanda.
    Eu já tinha ouvido falar neste livro, mas te confesso que nunca senti vontade de ler. Principalmente por não gostar muito de distopias. Esta é a primeira resenha que leio sobre ele e me fez repensar a decisão de leitura. Obrigada por sua colaboração e espero que sua estadia aqui no blog seja de longa duração. Bjus

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  3. Oi, Amanda! Seja bem vinda!
    Acho que esse livro e mais 1984 são distopias que se encaixam bastante no mundo atual.
    Adorei sua resenha.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  4. Oi Amanda! Muito boa sua resenha, faz tempo que estou de olho nesse livro, parece uma ficção muito boa, acho que vou curtir, já gostei da premissa!

    BJs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Oie
    Eu adoro este livro, e o filme é muito bom, vale a pena ler.

    Beijinhos
    https://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/

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    1. Oi Nessa.
      Eu não conhecia o livro e nem o filme. Vou procurar assistir para ter uma ideia da história e se gostar vou comprar o livro.
      Bjus

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  6. Oi Amanda
    Eu já tenho esse livro foi sempre desejei lê-lo. Sua resenha só resgatou minha vontade que estava Adormecida. Ótima resenha parabéns
    abraços
    Gisela
    www.lerparadivertir.com

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    Respostas
    1. Oi Gisela.
      Obrigada pela visita e espero que consiga ler.
      Bjus

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  7. Oi Amanda, tudo bem? Seja bem-vinda! Adorei a resenha e fiquei bem curiosa para ler o livro...

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  8. OOi adorei a resenha, eu amo livros cativante, esses são os melhores. Sem duvidas colocarei na lista, beijos bom final de semana
    http://bellapagina.blogspot.com.br

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  9. Olá, Amanda.
    Infelizmente minha opinião foi totalmente o contrário da sua. Achei o livro um dos mais chatos que li na minha vida. A leitura não fluiu e deu um trabalhão para terminar. Isso porque ele nem é tão grande. mas acho que só fui eu mesmo que não gostei dele hehe. Quando vi que era uma distopia achei que fosse mais parecida com essas atuais tipo Jogos Vorazes e não passa nem perto disso.

    Prefácio

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  10. Olá Amanda!
    Seja bem vinda ao Doces Letras. Já chegou trazendo um mega livro e nos presenteando a suas impressões. Adorei a sua resenha e a forma como você relatou a sua experiencia com o livro.
    Espero ver mais resenhas em breve.
    Beijinhos!
    Suelen Fernandes

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