[DIVULGAÇÃO] Lygia Fagundes Telles é indicada ao Nobel de Literatura



        Olá, eu sou a Kênia Cândido do Blog Histórias Existem Para Serem Contadas e a colaboradora do Blog Doces Letras.
        A União Brasileira de Escritores (UBE) encaminhou ontem à Academia Sueca a indicação de Lygia Fagundes Telles para o Prêmio Nobel de Literatura deste ano.
        Venha conferir:




      Para Durval de Noronha Goyos, presidente da instituição, “Lygia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção é inquestionável”. O nome da autora foi escolhido de forma unânime pelos diretores da UBE.
      Lygia Fagundes Telles está com 92 anos, vive em São Paulo e já venceu prêmios de grande importância no cenário literário.

      Conheça alguns de seus livros:



 

As situações narradas são as mais diversas. Em "A caçada", um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já no macabro "Venha ver o Pôr-do-Sol", um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema de "Apenas um Saxofone", "Um Chá bem Forte e Três Xícaras", "O Jardim Selvagem" e "As Pérolas". Mas o enfoque é sempre diverso e surpreendente. Em "O Menino", por exemplo, uma infidelidade conjugal é observada de modo oblíquo, pelos olhos de um garoto que vai ao cinema com a mãe.
Mas o escopo humano e literário de Lygia não se restringe aos dramas de casais. "Natal na Barca" é uma pequena parábola, com final epifânico. "Meia-noite em Ponto em Xangai" é o balanço que uma prima-dona da ópera faz de sua vida solitária e vazia. Em "O moço do Saxofone" um motorista de caminhão hesita em ir para a cama com uma mulher casada numa pensão de beira de estrada. Em "A Janela", um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu.
Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe aqui no mais alto grau sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.Reunião de narrativas escritas entre 1949 e 1969, Antes do baile verde é considerado por muitos críticos o livro de contos literariamente mais bem-sucedido de Lygia Fagundes Telles.




Reunidos pela primeira vez em 2002, estes textos breves, de origens, naturezas e épocas diversas, compõem um vívido painel de memórias de Lygia Fagundes Telles, com destaque para seus encontros e diálogos com personalidades literárias que, de um modo ou de outro, marcaram a sua formação como escritora.
Das conversas com Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre às visitas a Jorge Amado e Zélia Gattai, da amizade com Hilda Hilst a um estranho diálogo com Jorge Luis Borges, passando por uma entrevista concedida à amiga Clarice Lispector, a autora passa em revista momentos que enriqueceram sua sensibilidade artística e sua visão de mundo.
Nos fragmentos de memórias reunidos aqui, Lygia Fagundes Telles se expõe inteira a seus leitores, tornando-os ainda mais próximos de sua obra literária, já por si tão calorosa e sedutora.




Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de família quatrocentona, nutre veleidades artísticas e literárias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, linda como uma modelo, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso.
As meninas colhe essas três criaturas em pleno movimento, num momento de impasse em suas vidas. Transitando com notável desenvoltura da primeira pessoa narrativa para a terceira, assumindo ora o ponto de vista de uma ora de outra das protagonistas, Lygia Fagundes Telles constrói um romance pulsante e polifônico, que capta como poucos o espírito daquela época conturbada e de vertiginosas transformações, sobretudo comportamentais.
Obra de grande coragem na época de seu lançamento (1973), por descrever uma sessão de tortura numa época em que o assunto era rigorosamente proibido, As meninas acabou por se tornar, ao longo do tempo, um dos livros mais aplaudidos pela crítica e também um dos mais populares entre os leitores da autora.



          Bjos, até a próxima...

2 comentários:

  1. Olá Kênia,

    Essa com certeza é uma ótima notícia, agora é torcer por ela...bjs.


    devoradordeletras.blogspot.com.br

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  2. Admiro muito a Lygia e como poderia ser diferente? Achei digna essa indicação estou torcendo muito!

    Pandora
    O que tem na nossa estante

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