Olá, eu sou Kênia Cândido do Blog Histórias
Existem Para Serem Contadas e colaboradora do Blog Doces Letras.
Hoje eu trago para vocês a minha resenha do livro Dívida de Honra, escrito por Glendon Swarthout e publicado pela Editora Planeta de Livros Brasil.
Conheça minha opinião:. Título Original: Homesman. Autor: Glendon Swarthout. Editora: Planeta de Livros do Brasil. 1ª Edição. Ano: 2015. ISBN: 978 – 85 – 422 – 0492 – 6. Tradução de: Ivan Hegen. Sinopse: Em 1850, a aridez do Meio Oeste americano castiga quem se aventura pela selvagem e inóspita região. No entanto, Mary Cuddy, uma corajosa professora, se candidata a transportar três mulheres, consideradas loucas, do Estado de Nebraska até uma paróquia no leste do país, onde poderão ser acolhidas e tratadas devidamente. Mas sua bravura não será suficiente e, para cumprir tal tarefa e atravessar em segurança o oeste dos Estados Unidos, ela precisará convencer um guia a escoltá-las. O único que aceita a missão é o velho George Briggs. A dura e perigosa jornada, enfrentando bandos de índios e fortes tempestades de neve, entre outras intempéries pelo caminho, irá promover uma relação inusitada entre a honrada Mary e o, aparentemente, insensível renegado. A saga, colorida com tintas históricas e que resgatam o papel da mulher solteira nos EUA do fi m do século XIX, cativou o ator e diretor hollywoodiano Tommy Lee Jones, que filmou a sua versão dessa história de Glendon Swarthout— estrelada por ele, Hillary Swank e Meryl Streep. O filme foi selecionado para a mostra competitiva do prestigiado Festival de Cannes, em 2014.
Sensacional!
Com uma história espetacular e humana, Dívida de Honra conseguiu despertar
atenção por fazer parte do gênero Western.
No faroeste, as histórias são geralmente ambientadas no século XIX em cenário que é caracterizado por homens enfrentando os
inimigos a tiros ou com a força dos punhos, aventureiros em busca de riquezas,
homens da lei, foras da lei, índios e xerifes.
A história situa-se no ano de 1850, no meio oeste americano com
um cenário inóspito, apresentando más condições de vida para um ser humano sobreviver.
A família Belknap tinha passado por
muita coisa naquele ano, haviam perdido todo o gado, trinta acres de trigo e
vinte de milho.
Na mesma época, com um inverno rigoroso, Theoline grávida do
sexto filho, viu seus dois filhos mais velhos irem embora de casa. Loney foi trabalhar
duro a troco de cama e comida para uma família com melhores condições e Virgil
ir atrás do ouro dos tolos na
Califórnia.
Então Vester decidiu pegar os únicos sete
dólares que Theoline tinha ganhado costurando para comprar comida e semente
para a próxima safra ou eles juntamente com mais três crianças iriam morrer de
fome. Assim que amanheceu, Theoline implorou para Vester não ir para Loup, pois pressentia que o bebê
nasceria assim que ele saísse, mas o marido não quis escutá-la e durante aquela
noite, Theoline entrou em trabalho de parto sem a presença de Vester, em uma
casa fria e ouvindo o choro alto das suas três
meninas.
Quando Vester
retornou para casa, logo pela manhã, encontrou as meninas assustadas, o bebê
morto do lado de fora da casa e Theoline ensanguentada em cima da cama completamente
louca.
O reverendo Alfred
Dowd era um pastor itinerante que visitava as famílias da região quando não
estava na igreja. Ao chegar à casa dos Belknap, o reverendo descobriu que
Theoline era a quarta mulher da região que estava no mesmo estado lamentável e
precisaria de um homesman para levá-las ao Iowa onde a igreja Metodista as devolveria novamente aos parentes próximos.
Ficou combinado que
em uma semana o reverendo iria fazer um sorteio entre os quatro maridos e quem
perdesse seria o homesman e os outros maridos deveriam providenciar o transporte e alimentação para a viagem.
No
entanto, quando reverendo Alfred chegou à igreja para fazer o sorteio,
encontrou três maridos e a professora Mary Bee Cuddy no lugar de Vester.
Mary Bee é uma corajosa mulher que intimidava e até assustava os homens da
região com sua eficiência, tocando a propriedade com determinação e assumindo
tarefas que alguns homens faziam muita competência, por isso era solteira e os
pretendentes sempre a consideravam uma dama chata e mandona.
No sorteio,
Vester tornou-se homesman e sabendo que
ele não levaria as mulheres para Iowa, Mary Bee assumiu a nobre tarefa de
transportá-las mesmo tendo um pouco de receio de não cumprir a tarefa. Porém o
destino colocou Mary no caminho de George
Briggs no momento que estava com a corda no pescoço, lutando para não morrer
enforcado tentar invadir as terras de Andy Giffen. Mary Bee consegue salvá-lo,
mas em troca Briggs é obrigado a acompanhá-la ajudando guiar a carroça durante
a jornada até Iowa e se elas chegassem sãs e salvas, Mary pagaria para Briggs trezentos dólares.
A história me
conquistou na primeira página. Logo no começo, a leitura desperta certo espanto
porque a história é detalhista, mostrando como as quatro mulheres perderam a
sanidade, como os maridos não cumpriram seus papéis e não se importavam o suficiente
com elas.
O velho oeste é
terra de homens durões, entretanto Mary mostrou ser uma personagem a altura desses
homens, foi maravilhosa, inesquecível e nada frágil. Cuidava da sua própria
terra e gado, mesmo manifestando o desejo de ter um marido ao seu lado.
Infelizmente ela não teve um final que eu desejava, mas Mary foi
importantíssima durante a trama inteira. Será difícil esquecer uma protagonista
tão cheia de bravura.
Briggs foi leal no
momento que menos esperava, conquistou
respeito quase no final do livro ajudando as mulheres durante a jornada. No inicio era um
sujeito pouco confiável e pensava no dinheiro que Mary iria pagá-lo quando
chegasse a Iowa, porém Briggs se
regenerou surpreendentemente durante a trajetória.
Mary, Briggs e as
quatro mulheres enfrentaram um caminho perigoso com fortes tempestades, tiveram que oferecer mercadoria
com índios para prosseguirem o caminho e
Mary e Briggs tentando de tudo para não enlouquecer como as mulheres.
A capa corresponde
com o cartaz do filme que participou da mostra do Festival de Cannes. A
diagramação está simples, mas muito boa nas folhas amareladas.
Enfim, não contei
nem a metade da trama. Leiam, pois é uma história sensacional e recomendo para todos que gostam
de faroeste americano.
Livro Digital fornecido gentilmente pela Editora Planeta de
Livros Brasil.
“ Tudo o que trouxemos para essa terra inóspita são nossas vidas e uma semente de civilização. Nós plantamos essa semente. Se não cuidarmos, a semente vai morrer, e, se isso acontecer, não seremos melhores que os selvagens.”( pág. 41 )
“ Ela sabia o que a carruagem significaria para as quatro famílias, visitadas uma por vez. A chegada seria temida, assim como a recepção. A partida seria tão determinante quanto uma morte.”( pág. 108 )
. Sobre o Autor:
Glendon Swarthout (1918-1992) nasceu em Pinckney, Michigan
(EUA). Filho de um banqueiro e construtor, ele se dedicou ao estudo do
acordeão, quando garoto, e, após se graduar na Universidade de Michigan,
trabalhou como redator publicitário.
Decidido a se tornar escritor, Swarthout desistiu da publicidade e investiu no jornalismo. Publicou seus primeiros contos em jornais e revistas, entre eles a Cosmopolitan. Seu primeiro romance, They Came to Cordura (1958), sobre a captura do revolucionário mexicano Pancho Villa (1878-1923), ganhou versão para o cinema estrelada pelo galã Gary Cooper. A partir daí, o Velhdo Oeste americano foi inspiração constante para a sua obra, cujo legado compreende mais de 15 livros, como O Último Pistoleiro e The Homesman.
Decidido a se tornar escritor, Swarthout desistiu da publicidade e investiu no jornalismo. Publicou seus primeiros contos em jornais e revistas, entre eles a Cosmopolitan. Seu primeiro romance, They Came to Cordura (1958), sobre a captura do revolucionário mexicano Pancho Villa (1878-1923), ganhou versão para o cinema estrelada pelo galã Gary Cooper. A partir daí, o Velhdo Oeste americano foi inspiração constante para a sua obra, cujo legado compreende mais de 15 livros, como O Último Pistoleiro e The Homesman.
.Já leram Dívida de
Honra?
. Então antes de ir embora, deixa seu comentário.
Vamos adorar lê-lo.
Oi Kènia!
ResponderExcluirGostei muito da sua resenha e nunca li um livro de western, mas filmes já vi muitos e gosto muito. Agora fica a vontade de ler e saber o que vai acontecer com as quatro mulheres e Mary e Briggs.
Bjs
Oi Irene.
ExcluirTambém não sou de ler este tema. Mas como você também fiquei curiosa, depois de ler a resenha da Kênia.
Obrigada pela visita.
Bjus
Oi,
ResponderExcluirNunca me interessei por esse tipo de historia, mas fiquei bem curiosa para ler essa.
Beijos!!!!
https://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/
Também fiquei curiosa.
ExcluirBjus
Estou lendo, ainda falta o final, o livro é bom, mas não gostei do fim dado a personagem Mary, já que ela parecia ser a mais sensata da estória.
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