[ENTREVISTA] Gail Carriger - O Protetorado da Sombrinha


Olá leitores!
Uma linda e produtiva quarta-feira para todos!
Hoje vou compartilhar com vocês a entrevista que a escritora Gail Carriger, concedeu a Editora Valentina. As perguntas foram feitas por algumas blogueiras e a editora. Vamos ler, conhecer um pouco mais desta irreverente e talentosa autora e aproveitar para matar as saudades desta série que adoro!


ENTREVISTA COM GAIL CARRIGER, AUTORA DO LIVRO ALMA?

Irene Moreira, do blog: Saleta de Leitura 

- A sombrinha da Alexia Tarabotti além de ser bem especial e diferente é a sua marca registrada e que deu o nome à série. Pode nos dizer por que escolheu a sombrinha?

R.: Gail Carriger: As sombrinhas, além de fazerem parte do cotidiano das jovens elegantes da época vitoriana, são uma ótima arma, sobretudo quando se tem vontade de dar uma sombrinhada na cabeça de alguém. Além disso, “sombrinha” é uma palavra muito agradável.

- No império Britânico os sobrenaturais conviviam em harmonia com os humanos em virtude de regras impostas evitando com isso o ataque e de se alimentarem de humanos. Já para o americano queimava vivo qualquer um que fosse acusado de sobrenatural. O que a levou a colocar os americanos como inimigos em potencial dos britânicos em relação aos sobrenaturais?

R.: GC: Quis deixar um possível conflito no ar para os livros seguintes.  

- O mordomo Floote e o Lorde Akeldama são personagens que nos cativaram durante a história. Seus nomes são bem diferentes e sugestivos. Pode nos explicar em que se inspirou para batizá-los com esses nomes?

R.: GC: Só em pouquíssimas ocasiões o personagem escolhe o próprio nome (Alexia sempre seria Alexia). Na maioria das vezes, os nomes que uso são cookies, ou seja, uma recompensa para o leitor cuidadoso. O nome pode passar aos leitores informações sobre o personagem, sua origem, sua identidade real e seu verdadeiro objetivo ou se relacionar a um aspecto histórico (Tarabotti) ou ainda dar alguma pista ou prognóstico ao seu respeito (Akeldama). Como adoro nomes, brinco com eles, quando possível. Um dia eu gostaria de escrever a história de Alessandro e Floote, mas ainda vai demorar um pouco.

Aline Polito, do blog Memoirs and Books 

- Você já conhecia ou já trabalhou com o Steampunk antes da série Protetorado da Sombrinha? Utilizou alguma fonte inspiradora para isso?

R.: GC: Comecei a ter contato com o steampunk como movimento estético. Há muito tempo sou fã de roupas de época e do estilo gótico, e o steampunk me atraiu por mesclar ambos de um jeito divertido. Também adoro ver tecnologias antigas serem recicladas e transformadas em jóias, e adoro observar os incontáveis exemplos da incrível criatividade das pessoas nos últimos anos. 

Gail Carriger

Camila Palmeira, do blog Daily of Books 

- Em que você se inspirou para construir uma personagem tão autêntica quanto a Alexia?

R.: GC: Alexia é uma solteirona que lida com diversas questões constrangedoras: é filha de italiano (e, ainda por cima, parece ser italiana), lê demais, é desalmada, matou sem querer um vampiro e anda sendo incomodada por um lobisomem grandalhão. Costuma lidar com esses probleminhas dando sombrinhadas nessas criaturas ou conversando com elas, ambas atitudes com resultados desastrosos. Ah, e sua melhor amiga adora usar uns chapéus super espalhafatosos.

Bianca Carvalho, do blog Amor, Mistério e Sangue 

- Quais são suas maiores influências literárias? Há algo de Jane Austen e/ou Agatha Christie nelas? Estou sentindo esse clima ao ler seu livro.

R.: GC: Minhas maiores influências literárias costumam vir de autores como Charles Dickens, Elisabeth Gaskell e P.G. Wodehouse. Também busco inspiração nos deuses do steampunk e da urban fantasy, tais como Jules Verne ou Horace Walpole e, então, recorro à comédia e à narrativa burlesca para lidar com os arquétipos inerentes a cada estilo.

Gabrielle Alves, do blog Livros e Citações 

– Saindo um pouco de O Protetorado da Sombrinha, no início do ano saiu o primeiro volume da saga spin-off, Finishing School, protagonizado por uma garota de quatorze anos. Como será essa nova etapa? Afinal, envolve uma garota de quatorze anos. O humor negro continua?

R.: GC: Todos os meus livros têm aspectos cômicos. Esse lado engraçado é fundamental para mim, como escritora. Até coloquei um bilhetinho na lateral do computador com a frase: “Gail, use o seu senso de humor!” Acho muito melhor fazer as pessoas rirem que chorarem. Quero que os leitores dos meus livros se sintam felizes ― a realidade já é deprimente demais, sem a minha ajuda. Ademais, eu tinha me dado conta de três fatores desconcertantes antes de escrever Alma?:  dos contos que escrevi, os únicos que vendiam eram os que tinham aspectos cômicos; tanto o steampunk quanto a urban fantasy costumam ser bastante sombrios; a maioria dos meus autores favoritos era engraçada (PG Wodehouse, Douglas Adams, Terry Pratchett, Jasper Fforde). Achei que estava na hora de dar uma remexida nos gêneros e escrever um livro que incluísse um pouco de tudo do que eu mais gostava: uma heroína de personalidade forte, steampunk, urban fantasy E comédia.

- Todos os steampunks que li envolviam personagens na faixa etária de quinze anos, então por que uma mocinha mais velha, não seria mais fácil uma nos padrões convencionais?

R.: GC: Pelo que li até agora, não creio que seja esse o caso. Então, não tenho como responder a essa pergunta, uma vez que foi feita uma generalização que não corresponde à minha experiência. 

- Os direitos de adaptação da saga foram comprados pela Parallel Films há quase um ano. Como você mesma havia dito, é difícil uma adaptação dos livros pelo orçamento sair caro. Houve algum retorno desde que o anuncio foi feito? E, hipoteticamente falando, se a adaptação saísse, qual seria seu cast dos sonhos?

R.: GC: Não tenho notícias recentes a respeito da adaptação para o filme. Dê uma olhada em: http://gailcarriger.livejournal.com/208802.html. Fiz um post com o elenco dos meus sonhos para um filme, aqui: http://mybookthemovie.blogspot.com/2009/09/gail-carrigers-soulless.html

PERGUNTA DA EDITORA VALENTINA

– Lorde Akeldama é um vampiro com interesses bastante peculiares, alguns que não eram aceitos até bem pouco tempo atrás. Você recebeu alguma crítica negativa devido a esse personagem em particular?

R.: GC: Lorde Akeldama é um dos meus personagens mais populares. Eu o adoro porque me divirto muitíssimo quando escrevo sobre ele ― aquele seu jeitinho peculiar que requer o uso de itálicos. Só mesmo lendo-o dá para entender por quê.


Série Protetorado da Sombrinha:


1- Soulless - Alma? já lançado - Resenha aqui.
2- Changeless - Metamorfose? - Já lançado.
3- Blameless - Ainda sem previsão de lançamento.
4- Heartless - Ainda sem previsão de lançamento.

5- Timeless - Ainda sem previsão de lançamento.


Espero que tenham gostado e que deixem seus comentários!
Bjus

Lia Christo:
Carioca da gema, romântica incurável, leitora compulsiva, perseguidora de sonhos, e louca pela vida!

12 comentários:

  1. Oi!
    Não conhecia a autora nem sua obra.
    Adorei a entrevista, muito legal a editora ceder o espaço para as blogueiras fazerem as perguntas.
    A saga parece ser boa.
    Adorei o post
    Beijos
    Construindo Estante || Facebook

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    1. Oi Eliana, também achei a entrevista bem legal. Como li os dois livros que a Valentina lançou e gostei, quis compartilhar a entrevista para que a série não caia no esquecimento e eles terminem de publicar logo.
      Bjus

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  2. Oi Lia, ótimo rever a entrevista, acredita que li o primeiro livro e não peguei a continuação para ler? A vida ta corrida demais!!

    Beijos Mila
    http://dailyofbooks.blogspot.com.br/

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    1. Também gostei de matar as saudades...
      Eu imagino amiga. Minha vida também anda uma loucura...
      Bjus

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  3. Oi Lia! Eu ainda não morri de amores para ler essa série. Ouço todos dizerem que é uma série maravilhosa, mas acho que é a capa, ela não me atrai, me passar a ideia de livro cansativo. A entrevista é legal, e ver o ponto de vista dos autores, de como eles criam suas obras, é sempre um incentivo para vermos o que ele escreveu. Gostei da entrevista.
    bjoks
    Eykler

    www.aghridoce.blogspot.com.br

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    1. Eykler, eu sou suspeita pois amei os dois livros. Eu já conhecia o gênero steampunk e por isso me senti confortável com a leitura.
      Espero que algum dia desses você resolva conferir.
      Bjus

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  4. Oi Lia.
    A autora tem razão, o bom humor não pode faltar.
    Dela eu só li Alma? e me diverti muito com as tiradas de Alexia.
    Não gosto muito de steampunk, não é o meu gênero favorito, mas estou disposta a ler a nova saga da autora.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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    1. Eu simpatizo muito com esta autora. Ela é irreverente e muito legal.
      E gostei muito dos livros da série. Gostaria que a Valentina publicasse logo o restante da série e trouxesse a nova pra gente também.
      Bjus

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  5. Oi, Lia a Editora Valentina precisa continuar a publicar esta serie a Gail e uma figura.

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    1. Pois é Ver. Eles ficaram de publicar os outros livros até meados de 2015... Mas haja ansiedade...
      Bjus

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  6. Oi Lia, tudo bem???
    Estou louca para ler essa série!!!!!!! parece que a editora irá lançar o próximo volume ano que vem!!!!!!! Não é uma ótima notícia???? Fiquei super curiosa com esse vampiro, adoro vampiros, o que esse tem de diferente que poderia ter causado polêmica e que pelo contrário, levou os fãs a se apaixonarem por ele???
    adorei saber da veia cômica da autora, adoro rir.
    Amei a entrevista.
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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    1. Oi Cila, sua linda!
      Eu adorei os dois primeiros livros, e estou aqui mega ansiosa para ler os próximos. Tomara que a Valentina traga logos os livros para eu matar as saudades deste casal que adoro!
      Bjus

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